domingo, 11 de outubro de 2009

A Volta



Aquele era um dia muito importante para o escritor Lucas Rosaes. Depois de dois anos de muito trabalho, finalmente iria publicar seu nono livro. Ele considerava esse o mais importante de todos os que havia escrito até então, pois além da criatividade, ele havia posto ali muito de autobiografia, num misto de realidade e ficção que até hoje não tinha tido coragem de experimentar. Tudo que escreveu em seus outros livros, ou eram fruto de sérias pesquisas, ou textos indiscutivelmente ficcionais. Claro que seus livros de poesias podiam ser apontados como precursores desse gênero intimista, mas em se tratando de poemas, quem pode afirmar que o autor está ali? Sempre se pode alegar que é tudo culpa do eu poético.
O lançamento seria numa aconchegante livraria na Travessa do Paço, no Centro do Rio de Janeiro, e, apesar da sua vasta experiência, um novo lançamento sempre lhe causava calafrios. Um escritor nunca está imune às críticas, ainda mais quando envolve uma noite de autógrafos aberta ao público, nunca se sabe o que pode acontecer quando se está cercado de estranhos, sejam eles fãs ou não. O evento estava programado para iniciar-se às 19:30h.
Naquele dia acordara tarde com uma leve dor de cabeça e uma sensação de que algo iria acontecer, mas não conseguia distinguir se seria algo bom ou ruim. Tomou sua caneca de café puro e um analgésico ao som de um cd de bossa-nova. Sua esposa já havia saído para sua jornada na faculdade e só se veriam no fim do dia. Sentou no sofá e folheou o jornal sem se deter em nenhuma página. Estava inquieto. Então foi para o computador e remexeu em alguns arquivos, parando em uma pasta nomeada “Poesias da Faculdade”, ainda dava aulas nessa instituição, mas agora estava envolvido em outros projetos e as aulas eram mais esporádicas. Começou a ler as composições; riu de algumas, retocou outras, tentando lembrar o que o levou a escrever cada uma. Quase ao final da página estava uma sub-pasta: “Especiais”. Levou mais de meia hora para abrí-la porque estava protegida por uma senha que ele não lembrava mais, mas depois de várias combinações conseguiu visualizar seu conteúdo. Ali estavam algumas poesias que ele havia feito para uma de suas ex-alunas, pois hoje ela já estava formada e ele nunca mais teve notícias suas, e outras escritas por ela para ele. A temática de todas era óbvia: falavam de amor, de desejo e sexo. Sua mente viajou para aquela época, que não estava tão longe assim, dois anos talvez; quando tiveram um casinho fugaz, transaram algumas vezes e só. Ele sempre deixou muito claro para ela que não poderiam ter nada de sério, que só poderiam ser amigos e ela, sem alternativa, acatou a decisão dele. Era incrível como conseguia lembrar-se nitidamente dela, uma das melhores alunas do curso de Letras, querida pelos colegas, pelos professores e pelos funcionários e desejada por ele. Dóris tinha um excelente senso de humor que o atraía e o apavorava ao mesmo tempo; ela era meio louca e ainda assim totalmente sensata, menina e mulher, ingênua e capaz dos comentários mais libidinosos. Todas essas contradições o deixavam sem chão e faziam com que pensasse que ela era perigosa, uma ameaça a sua paz de espírito e ele não era o tipo de homem afeito às tormentas. Recordou as tardes de loucura e prazer que teve com essa mulher, porque Dóris não era nenhuma ninfeta, apesar do seu rosto de adolescente e isso era o mais enlouquecedor: a experiência naquela “carinha de anjo”.
Lucas olhou para o relógio do computador e assustou-se ao perceber que horas haviam se passado naquela sessão nostalgia e se quisesse chegar a tempo ao seu compromisso, precisaria largar aquelas lembranças e meter-se imediatamente sob o chuveiro. O banheiro já estava meio escuro e Lucas decidiu que não ia acender a luz para tomar seu banho. Pôs os óculos sobre a pia, abriu a ducha quente e entrou no box. Podia sentir a presença de Dóris ali com ele. Ela adorava fazer isso no motel, tomar banho às escuras, dizia que aguçava os sentidos dos amantes e então faziam amor sob a água, com os corpos ensaboados. Imediatamente desligou o chuveiro e acendeu a luz. Vestiu o roupão e fez a barba. Sua esposa tinha separado toda a sua roupa para o evento e ele, não sabia se por gratidão ou comodismo, obedeceu à escolha. Verificou se estava tudo em ordem, pegou as chaves e saiu. Àquela hora a Avenida Brasil já devia estar um inferno e ele teria que enfrentar um engarrafamento cretino até chegar ao Centro. Maldita Dóris.
A livraria estava lotada. Alunos, colegas de profissão, escritores e familiares dividiam o ambiente aconchegante, com uma iluminação sofisticada e boa música, aguardando a chegada de Lucas Rosaes. Nas mesas e nas poltronas espalhadas pelo recinto rolavam conversas animadas e alguns já aproveitavam para iniciar a leitura de “Cinematografia amorosa: uma canibalização do sentimento”. Apesar do nome pomposo, o livro nada tinha de complicado, era apenas uma coletânea de crônicas, contos e poemas entremeados com pequenas análises psicológicas do comportamento humano frente ao amor em suas múltiplas formas. Quem lê pensa que Lucas é um expert no amor, mas não é preciso viver tudo o que se escreve para escrever bem sobre algo; basta, muitas vezes, ser um bom observador.
De repente ouve-se um burburinho e todos se voltam para aplaudir a entrada da estrela da noite. Sua esposa e o dono da livraria, Sérgio de Barros, um amigo dos tempos da universidade, vêm recebê-lo e acompanhá-lo até a mesa onde serão autografados os livros. Lucas Rosaes cumprimenta vários conhecidos e no caminho intercepta um garçom para servir-se de uma taça de espumante. Precisava relaxar, hoje estava mais tenso que o de costume nessas ocasiões. Enquanto posa para algumas fotos, uma longa fila de pessoas com seu livro em mãos aguarda pacientemente a sua vez de parabenizar o autor e recolher sua dedicatória. Lucas procura ser simpático com todos, conhecidos ou não, mas depois de uma hora seus dedos já começam a se ressentir do movimento repetitivo, os olhos ardem e a cabeça já está funcionando no automático. Não que fosse um escritor de grande fama, mas a sua atuação na mídia tecnológica lhe rendia uma certa notoriedade e a conquista de um grande círculo de leitores de todas as idades.
Aquela altura do campeonato, como dizem, seu cérebro já não fazia mais questão de registrar os rostos que lhe sorriam do outro lado da mesa. Respondia aos elogios com um sorriso tímido, sua marca registrada, e um “muito obrigado”. Não ergueu a cabeça para pegar o próximo livro da fila que era depositado suavemente em suas mãos por dedos longos e femininos. Por um instante levantou os olhos e perguntou:
— A quem devo dedicar?
— Pode ser “À minha melhor aluna...” – respondeu a mulher.

Por alguns segundos Lucas ficou petrificado, não podia acreditar que ela estava ali, na sua frente, depois de tanto tempo de ausência e justo hoje quando seus pensamentos vaguearam pelo passado.
— Dóris? É mesmo você?
— Você já teve alguma outra aluna tão boa quanto eu? – sorriu.
— Nossa, quanto tempo!
— Realmente... tempo demais.
— Tudo bem com você?
— Eu estou bem, mas acho que as pessoas aqui atrás de mim não vão ficar tão bem se nós engatarmos um papo agora. – brincou Dóris.
— Você tem razão. Acho que nem eu, já estou esgotado. Você vai embora agora?
— Não. Vou dar uma circulada por aí, acabei de chegar.
— Então nos falamos daqui a pouco, ok?
— Tudo bem. Capricha na dedicatória, como nos velhos tempos.

Pegou seu livro e seus dedos se tocaram. A conhecida eletricidade tomou conta de ambos. Agradeceu e cumprimentou a esposa de Lucas com um levíssimo aceno com a cabeça e um meio sorriso nos lábios. Os olhos de Lucas a acompanharam até perdê-la na multidão. Retomou os autógrafos mecânicos até o último leitor. Ao lado de sua esposa comeu alguma coisa e conversaram com alguns amigos que vieram comentar o livro. Com o pretexto de procurar um garçom que servisse água com gás, deixou-a em uma roda de amigos da faculdade e saiu para procurar Dóris, que não estava visível em lugar algum. Já estava achando que ela tinha ido embora quando ouviu sua voz inconfundível:
— Você deveria saber que estes saltos estão me matando.

Lucas olhou para uma poltrona em um canto da livraria meio afastado das pessoas, e lá estava ela em um vestido vinho de linhas básicas e decote insinuante e sandálias de salto agulha. Linda com aqueles olhos verdes destacados pela maquiagem e a boca carnuda com um leve brilho de gloss, que parecia convidar ao beijo.

— Desculpe a demora, mas a fila estava insuportavelmente longa.
— Além do mais, sua esposa precisava de um pouco de atenção.
— Verdade.
— Você não gostaria de sentar um pouco? Desse jeito eu vou ganhar além das bolhas nos pés, um belíssimo, e não menos incômodo, torcicolo.
— Claro. Mas no seu colo?
— Inadequado, mas delicioso.
— Dóris não provoque...
— Só posso te oferecer o braço dessa poltrona.

Lucas aceitou.
— Então Dóris, o que você tem feito? – perguntou um pouco nervoso.
— Revisando seu texto.
— Não entendi.
— Estou trabalhando como revisora na Editora A Malta.
— Sério? Então você leu meu livro antes de todo mundo?
— Privilégio para poucos.
— E o que achou?
— Maravilhoso como sempre e mais sincero também.
— Como assim, mais sincero?
— Senti um caráter autobiográfico que não estava presente nos livros anteriores.
— Caráter autobiográfico não quer dizer sinceridade. – rebateu Lucas.
— Ponto de vista discutível, que ficará para outra ocasião. Preciso ir embora agora. – respondeu Dóris já se levantando da poltrona. — Fique com o meu cartão, para o caso de você já ter esquecido o número, e me ligue. Tenho uma proposta profissional para te fazer.
— Proposta? Sobre o quê?
— Telefone e você vai ficar sabendo.

Dóris inclinou-se para beijar-lhe o rosto, revelando parte dos seios. Caminhou sinuosa pela multidão, que ainda tinha a esperança de conversar com o astro da noite, e desapareceu porta afora. Lucas ficou ali, olhando para aquele cartão, sem saber se o guardava no bolso ou jogava fora na primeira lixeira, não percebendo a aproximação de sua esposa.

— Lucas, algum problema, meu bem?
— Ahn? Não, nada.
— Você está aí, parado, segurando esse cartão. De quem é?
— Hmm. De uma representante de uma editora querendo fazer uma proposta.
— Ah. Guarda, amanhã você pensa nisso.
— É. É melhor mesmo.

Uma semana se passou até que Lucas conseguisse superar seus temores, mas agora estava decidido a descobrir qual era a proposta de Dóris. Pegou o telefone e discou o número. Nem precisou olhar para o cartão. Desejou que ela não estivesse em casa.
— Alô? – atendeu aquela voz familiar.
— Alô. Dóris?
— Sim. Quem está falando?
— Sou eu, Lucas.
— Ah, oi Lucas! Tudo bem?
— Tudo. E você?
— Tudo bem. Quem ventos o trazem até mim?
— É sobre a sua proposta. Estou curioso pra saber o que é.
— Olha, eu teria o maior prazer em lhe falar sobre isso, mas infelizmente tenho um compromisso agora e preciso sair em cinco minutos. Podemos marcar um encontro para falarmos sobre esse assunto pessoalmente?
— S-sim. Quando?
— Vamos fazer o seguinte: eu não estou com cabeça para pensar em um lugar nesse momento, então vou te dar a primazia da escolha, como sempre. Pense no que for mais conveniente pra você e me avise. Se nossos horários combinarem...
— Certo. Eu vou pensar e te dou um jeito de te avisar.
— Beleza, meu anjo. Sei que você odeia, mas o melhor jeito de me comunicar é o SMS, tá?
— Tá. Tudo bem. Eu vou tentar me entender com o celular. – Lucas respondeu entre risos.
— Então tá, meu amor. Vou desligar, preciso ir. Beijos.
— Tchau. Beijo.

Dóris continuava a mesma. Era como, se por um momento, o tempo tivesse voltado atrás com ela lhe chamando de “meu amor”. Com certeza tinha saído sem pensar, na pressa. Ela devia estar fazendo alguma outra coisa enquanto falava ao telefone e quando é assim nem se percebe o que se está dizendo. Olhou para o relógio e já estava na hora da sua aula. Trancou a sua sala e desceu pelas escadas até a turma T1. Ao final do dia enviou uma mensagem sugerindo um café discreto nas imediações da Tijuca, com dia e hora. Recebeu uma confirmação depois de uns dez minutos. Pronto. Agora já estava feito. Era só esperar pra ver.
No dia combinado, Lucas chegou ao café com uma certa antecedência, apesar de ter pensado em várias alternativas para “escapar” do encontro. Sentou-se à uma mesa no fundo do recinto e ficou observando o movimento. Pediu um expresso ao garçom. De repente, ela chegou. Cabelos soltos, uma calça jeans clara e uma camiseta branca, sandália de salto e uma bolsona. Por que será que as mulheres adoravam essas bolsas enormes? Pensou enquanto Dóris se aproximava da mesa. Ele nem precisou sinalizar para indicar onde estava, ela o havia detectado antes mesmo de cruzar a soleira da porta. Caminhava com segurança e desenvoltura por entre as mesas.
— Oi Lucas! – contornou a cadeira e deu-lhe um beijo no rosto enquanto ele se levantava. – Não se incomode, pode sentar.
— Oi Dóris! Como você está?
— Muito bem. E você?
— Também estou bem. Já estou tomando um expresso. O que você gostaria de tomar?
— Um chá está ótimo.
— De quê?
— Pode ser de maçã.

Lucas chamou o garçom e fez o pedido.
— Pois bem, aqui estamos novamente. Estou curioso.
— Então vou direto ao assunto. Lembro que na época da “facul” você escreveu um livro em parceria com um aluno.
— Sim. Foi um livro de contos.
— Exato. Não sei se lhe rendeu frutos, mas com certeza foi um grande estímulo ao meu colega. O que eu vou pedir vai ser mais benéfico para mim do que para você. Eu mandei alguns contos para uma editora. Eles se interessaram, mas disseram que ainda eram insuficientes para publicação devido à quantidade. Falaram que quando eu tivesse uma produção maior podia entrar em contato novamente. O que é plenamente compreensível. Quando eu os enviei, estava mais interessada em avaliar a qualidade da produção. Mas agora a vontade de publicar cresceu dentro de mim... Bem, o que eu queria é que você fosse meu parceiro nesse livro.
— Eu? Mas por que eu?
— Porque eu conheço a qualidade dos seus textos. Conheço suas poesias e seus contos. Adoro todos. E acho que nossos textos dialogam. A gente tem “química”. – arrependeu-se desta última frase. Tinha jurado não desenterrar o passado. Por si mesma e por ele.
— E sobre o quê são os seus contos?
— O tema é nosso velho conhecido.
— Ah, tá. Bem, eu nunca escrevi nenhum conto desse gênero.
— Eu , pelo menos, nunca li nada seu nessa linha.
— Pois é. Como é que eu vou entrar nisso??
— Eu pensei que você poderia contribuir com as suas poesias...
— Olha, Dóris, seus contos são muito legais, mas são bem fortes. A linguagem não chega a ser vulgar, mas é bastante contundente e...
— Lucas, tudo bem. Foi só uma proposta. Você pode ficar à vontade para recusar, ok? Eu acho suas poesias o máximo e quando falam de amor são capazes de tirar meus pés do chão. Eu achei que, por você ser mais refinado, isso daria um equilíbrio ao livro.
— Dóris, eu não estou me recusando, só fui surpreendido pela proposta. Vamos fazer o seguinte: eu vou pensar, tentar escrever alguma coisa que se alinhe com você e aí nós voltamos a conversar. Tá bom assim?
— Certo. Acho que podemos pedir a conta. Não quero mais tomar o seu tempo.
— Calma. Você ficou chateada?
— Não. Só não quero te atrapalhar mais. Imagino que você tenha uma porção de coisas pra fazer ainda, só pra variar. – respondeu nervosa. Já estava sentindo suas defesas ruírem.
— Engano seu. Eu marquei hoje porque, por incrível que pareça, não tenho mais nenhum compromisso.
— Nossa! Isso é um milagre! Há algum tempo atrás eu rezaria por isso!
— E desde quando você foi de rezar? – Lucas perguntou, em tom de brincadeira.
— Desde quando te conheci.

Lucas tocou a mão de Dóris, que estava sobre a mesa. Seus dedos se entrelaçaram e seus olhos se encontraram. Ela foi a primeira a fugir do contato visual. O garçom trouxe a conta, pagaram e saíram. Ao despedirem-se, na porta, o desejo falou mais alto e seus lábios se encontraram. Entraram em um táxi e foram ao único lugar que comportaria aquela paixão.
Despiram-se lentamente, com suavidade, com ternura. Dóris o beijava cheia de amor, um amor sufocado, recolhido; passava os dedos pelo seu rosto, pelos seus cabelos e puxava Lucas para si. Guiava a mão de Lucas pelo seu corpo, virando-se de costas para que ele a tocasse. As mãos dele passeavam pelos seios e pelo sexo dela, sentido a vibração e a umidade, brincando com os mamilos entumescidos, ao mesmo tempo em que sentia seu pênis crescendo ao contato com a bunda de Dóris. Ela gemia de prazer em seus braços. Foram andando, assim grudados, até a cama. Dóris se deitou e recebeu Lucas sobre seu corpo; suas pernas se abriram para encaixar os quadris dele. A vagina estava pronta para receber seu membro rijo, molhada e quente. Dóris chamava seu nome baixinho, entre gemidos e gritos de êxtase enquanto Lucas a penetrava vigorosamente. A cada estocada ele se derretia e sentia que o gozo se aproximava. Aumentou a velocidade até sentir que seu leite se espalhava dentro de Dóris, que estremeceu ao receber o jorro quente. Tinham atingido o orgasmo juntos e agora relaxavam nos braços um do outro.
Lucas se levantou para ir pegar uma água no frigobar e perguntou se ela queria alguma coisa. Dóris pediu uma Coca-Cola. Quando retornou, ela estava ajoelhada no colchão com os cotovelos apoiados na borda da cama, mexendo no rádio; o traseiro virado na direção de Lucas, praticamente se oferecendo para ele. Era irresistível. Pousou as bebidas numa mesa próxima e passou as mãos pelo cabelo para secá-las. Aproximou-se silenciosamente e enlaçou Dóris pelo ventre, puxando-a para si. Com a outra mão começou a masturbar-se, para enrijecer seu pau rapidamente. Ela fingiu protestar, mas com uma das mãos alcançou a bolsa. Abriu-a e retirou um tubo de K-Y. Abriu-o e o entregou à Lucas, que besuntou seu ânus com o gel. Aos poucos foi pressionando a cabeça do seu pênis contra o orifício até conseguir a penetração total. Dóris massageava seu clitóris e conduziu uma das mãos de Lucas para brincar em sua boceta, fazendo com que a penetrasse com os dedos. Estava indo à loucura, tocando seu pau através da membrana que separava os órgãos e ela, com a sua mão sobre a dele, pedia mais e mais. Gozaram novamente entre beijos, lambidas e sussurros.
Já eram quatro da tarde e decidiram tomar um banho para revigorar, pois estavam exaustos. Dóris ligou a hidromassagem e em poucos minutos a banheira encheu-se de espuma e água quente. Lucas sentou-se primeiro e Dóris encaixou-se entre suas pernas, apoiando a cabeça no seu ombro direito e apoiando os braços em suas pernas fortes. Lucas mantinha o braço direito na borda da banheira e passou o esquerdo sob o braço de Dóris para que pudesse acariciar os pêlos pubianos dela. Fundiram-se em um beijo longo e cheio de carinho.
Ao saírem do banho, perceberam que a tarde estava acabando e decidiram que já era hora de irem embora. Vestiram-se e Lucas pediu à recepção para encerrar o período. Aquela tarde havia sido uma bolha de ilusão maravilhosa, mas agora a realidade os chamava de volta.

“Na vida a gente só deve lamentar o que deixou de fazer” .(Jean Cocteau)

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