Hoje eu acordei pensando em uma frase que ouvi, há muitos anos atrás, da ilustre deputada Cidinha Campos, nos tempos em que comandava um programa na rádio. Dizia ela, em um quadro de debates, e também não sei porque cargas d'água essa frase veio à tona, o seguinte: “Homenagem a gente só deve fazer à gente morta, porque os vivos ainda têm tempo de fazer alguma 'titica'”. A nobre deputada me perdoe se as palavras não estão transcritas ipsis literis, mas creio que traduzem a essência do pensamento.
Pois bem, esse pensamento não me saiu da cabeça enquanto tomava o café, enquanto cozinhava (porque há vida inteligente na cozinha!) e fiquei refletindo se eu não deveria aplicar esse lema, vamos chamar assim, à minha vida. Será que eu não estou dando muita importância à pessoas que não merecem? Será que eu não estou deixando que estas pessoas envenenem minha existência? Será que eu ceguei para a realidade em relação a estas pessoas? Começo a achar que sim. No fundo todos cometemos esses enganos, nos deixamos guiar pelas aparências, pelas palavras, pelos sorrisos...
Então iniciarei uma faxina – dessas que a gente faz no computador deletando arquivos inúteis, corrompidos por vírus, programas ultrapassados e toda sorte de quinquilharias que se acumula no disco rígido do PC – na minha própria vida e no coração, principalmente. Como não tenho a menor ideia de como fazer isso em ambiente tão diverso do tecnológico, vou começando pelos sintomas para depois chegar à causa, ou seja, iniciar por aquilo que meus olhos veem para chegar ao que o meu coração sente.
Minha primeira ação se dará aqui neste blog que, como os primeiros leitores devem ter percebido, foi criado para expressar a minha paixão por um certo homem. Um homem que eu cri maravilhoso, inteligente, corajoso. Aos que partilharam do meu universo acadêmico, ao lerem o conto Gataryn e algumas das poesias deste blog, saberão de quem se trata; aos demais, peço desculpas, mas não revelarei seu nome. Não retirarei nada do que foi postado por achar que a obra tem mais valor do que a musa.
O fescenino continuará sendo o carro-chefe deste blog, presente nos contos e poesias; contudo, estou abrindo um espaço para as crônicas de temas variados, textos opinativos, etc. Portanto, meus amigos, não se espantem com as alterações!
Sabem, eu tive a honra de ser aluna de uma das melhores professoras de Literatura que eu já conheci na minha vida, chamada Angélica Castilho, e em uma de suas aulas ela disse algo como: “Para que gastar dinheiro no analista, se você pode resolver suas neuras em uma folha de papel?”. É, “Angelicat”, você tem toda a razão; nada como escrever para expurgar o veneno e ficar, senão leve como uma pluma, pelo menos elegante como uma felina. Obrigada pela dica ;)
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