— Mas eu não entendi o que a Física Quântica tem a ver com a Literatura?
Era muito difícil acompanhar as viagens mentais que o professor Gataryn fazia; no entanto, Samarah não conseguia desgrudar os olhos dele, parecia que o cara era magnético e, quanto mais ele falava, mais paralisada ela ficava, tal qual uma Naja suspensa sobre si pela música de um encantador de serpentes. Ao fim da aula todo o seu corpo formigava e a cabeça latejava. Nas primeiras aulas achava que era por causa da timidez de ambos, mas aos poucos foi percebendo que seu corpo reagia a uma troca intensa de energia.
Era muito difícil acompanhar as viagens mentais que o professor Gataryn fazia; no entanto, Samarah não conseguia desgrudar os olhos dele, parecia que o cara era magnético e, quanto mais ele falava, mais paralisada ela ficava, tal qual uma Naja suspensa sobre si pela música de um encantador de serpentes. Ao fim da aula todo o seu corpo formigava e a cabeça latejava. Nas primeiras aulas achava que era por causa da timidez de ambos, mas aos poucos foi percebendo que seu corpo reagia a uma troca intensa de energia.
Era muito difícil acompanhar as viagens mentais que o professor Gataryn fazia; no entanto, Samarah não conseguia desgrudar os olhos dele, parecia que o cara era magnético e, quanto mais ele falava, mais paralisada ela ficava, tal qual uma Naja suspensa sobre si pela música de um encantador de serpentes. Ao fim da aula todo o seu corpo formigava e a cabeça latejava. Nas primeiras aulas achava que era por causa da timidez de ambos, mas aos poucos foi percebendo que seu corpo reagia a uma troca intensa de energia. (...)
Naquela segunda-feira chovia torrencialmente, Samarah estava parada na entrada da faculdade pensando no método menos molhado para chegar a sua casa sem um guarda- chuva. Então ouviu aquela voz dizendo: “Oi Samy!”. Ele estava parado às suas costas chamando-a pelo apelido com o qual seus colegas a batizaram. Demorou uns cinco minutos — que bem pareceram séculos — para responder:
-- Oi Gatary!
-- Oi Gatary!
-- O que você está fazendo aí parada?
-- Traçando um plano de fuga razoavelmente seco!
Riram.
-- Você quer uma carona? – perguntou o professor.
-- Você está indo para onde? Não quero te atrapalhar.
-- Vou para o Centro, posso te deixar em algum lugar mais protegido. Onde você mora?
-- Botafogo, mas no Centro já tá bom pra mim.
-- Vem.
Iria com ele até o inferno se ele quisesse. Entraram no carro. Samarah perguntou o que ele iria fazer no Centro e enveredaram em mais um papo “cult”. Quando o assunto ia morrer em um daqueles silêncios constrangedores, Samarah indagou:
-- Sem querer abusar, posso colocar uma música?
-- Claro. O que vai ser?
-- Aguarde e confie. – respondeu Samarah.
Abriu a bolsa e retirou seu indefectível MP3, introduziu-o na entrada USB do rádio e selecionou a pasta.
-- Você não vai colocar as minhas aulas, não? – perguntou Gataryn assustado.
-- Não seu bobo! Eu disse música. Não que suas aulas não sejam música para os meus ouvidos. – respondeu rindo e pousando a mão sobre a perna do professor.
Deixou-a, maliciosamente, ali, sobre aquela coxa rija. Olharam-se enquanto o som de “One” do U2 preenchia o ambiente. Podia sentir a tensão e o tesão naquele contato enquanto Gataryn olhava fixamente para o trânsito. Quando o carro parou em um sinal vermelho, o nível de energia já tinha atingido o seu auge e explodiu em um beijo enlouquecido. Línguas, dentes e lábios em um frenesi, devorando-se com avidez. Só pararam quando ouviram o coro das buzinas enraivecidas. Faltava paixão às máquinas.
Naquele momento não era preciso nenhuma palavra, ambos sabiam o que queriam. Necessitavam perderem-se um no outro, descobrirem seus corpos. Rumaram para um motel na Glória. Tatearam-se e beijaram-se no elevador, no corredor, mal conseguindo abrir a porta da suíte.
Ao girar a chave na fechadura pelo lado de dentro, Gataryn afastou-se e olhou demoradamente para Samarah, ali, entregue, linda, ofegante e suada, mal acreditando que a teria nos braços, que ela QUERIA ser sua. Aproximou-se, beijou-a ternamente no pescoço, na boca, no rosto enquanto desabotoava sua blusa, expondo o sutiã de renda que deixava entrever os mamilos excitados.
Samarah retribuía apaixonadamente às carícias e despia lentamente aquele homem. Sua cabeça rodopiava, seu corpo estremecia ao toque daquelas mãos e ao contato daqueles lábios quentes e macios. Abraçados jogaram-se na cama.
-- Traçando um plano de fuga razoavelmente seco!
Riram.
-- Você quer uma carona? – perguntou o professor.
-- Você está indo para onde? Não quero te atrapalhar.
-- Vou para o Centro, posso te deixar em algum lugar mais protegido. Onde você mora?
-- Botafogo, mas no Centro já tá bom pra mim.
-- Vem.
Iria com ele até o inferno se ele quisesse. Entraram no carro. Samarah perguntou o que ele iria fazer no Centro e enveredaram em mais um papo “cult”. Quando o assunto ia morrer em um daqueles silêncios constrangedores, Samarah indagou:
-- Sem querer abusar, posso colocar uma música?
-- Claro. O que vai ser?
-- Aguarde e confie. – respondeu Samarah.
Abriu a bolsa e retirou seu indefectível MP3, introduziu-o na entrada USB do rádio e selecionou a pasta.
-- Você não vai colocar as minhas aulas, não? – perguntou Gataryn assustado.
-- Não seu bobo! Eu disse música. Não que suas aulas não sejam música para os meus ouvidos. – respondeu rindo e pousando a mão sobre a perna do professor.
Deixou-a, maliciosamente, ali, sobre aquela coxa rija. Olharam-se enquanto o som de “One” do U2 preenchia o ambiente. Podia sentir a tensão e o tesão naquele contato enquanto Gataryn olhava fixamente para o trânsito. Quando o carro parou em um sinal vermelho, o nível de energia já tinha atingido o seu auge e explodiu em um beijo enlouquecido. Línguas, dentes e lábios em um frenesi, devorando-se com avidez. Só pararam quando ouviram o coro das buzinas enraivecidas. Faltava paixão às máquinas.
Naquele momento não era preciso nenhuma palavra, ambos sabiam o que queriam. Necessitavam perderem-se um no outro, descobrirem seus corpos. Rumaram para um motel na Glória. Tatearam-se e beijaram-se no elevador, no corredor, mal conseguindo abrir a porta da suíte.
Ao girar a chave na fechadura pelo lado de dentro, Gataryn afastou-se e olhou demoradamente para Samarah, ali, entregue, linda, ofegante e suada, mal acreditando que a teria nos braços, que ela QUERIA ser sua. Aproximou-se, beijou-a ternamente no pescoço, na boca, no rosto enquanto desabotoava sua blusa, expondo o sutiã de renda que deixava entrever os mamilos excitados.
Samarah retribuía apaixonadamente às carícias e despia lentamente aquele homem. Sua cabeça rodopiava, seu corpo estremecia ao toque daquelas mãos e ao contato daqueles lábios quentes e macios. Abraçados jogaram-se na cama.
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