domingo, 24 de janeiro de 2010

Amigas: Pilares da Terra

“Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito” já diz a canção, mas amigo, quando verdadeiro, é pra se guardar à sete chaves, dentro de cofre ultraprotegido! Poucas coisas são tão importantes quanto uma amizade confiável, amizade que você pode contar nas melhores e nas piores horas.

A intensidade de uma amizade, por vezes, pode ultrapassar a de um casamento, pois enquanto o cônjuge, na hora de um aperto ou numa traição, pode “cair fora”; o amigo está lá, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, segurando as nossas “barras”, secando as nossas lágrimas, rindo os nossos risos, nos tirando de várias “roubadas”. Essa pessoa tão especial compreende as nossas fraquezas como se fossem suas, perdoa quando a decepcionamos, aconselha e protege, nos defende com unhas e dentes quando somos atacados por seres invejosos e nocivos.

Há muitos anos atrás eu estava lendo Na sala com Danuza, de Danuza Leão, livro maravilhoso, cheio de charme, humor e sábios conselhos, um verdadeiro manual de sobrevivência para a selva dos nossos dias (Já estou divagando!), quando deparei-me com um capítulo dedicado às amizades; ali encontrei uma passagem que, entre tantas outras, me chamou atenção: “Adoro a história de alguém que, perguntada sobre quem era sua melhor amiga, respondeu: 'Depende. Para falar de moda, Susana. De receitas, Joana. De doenças, empregadas, Mariana. Para viajar, Regina. De problema de filho, Odete. De namorado, Ana. De dieta, Márcia.'”. E, refletindo sobre isso, percebi que é a pura verdade, não existe o amigo perfeito, que preencha todas as lacunas e supra todas as nossas necessidades. Nossas amizades são como o patchwork, um mosaico de pessoas, que quando olhadas de longe, formam as mais belas imagens.

Eu, por exemplo, tenho três grandes amigas. A primeira delas é minha mãe, amiga rigorosa, que me põe “na linha”, cobra resultados e faz com que eu pense duas vezes antes de tomar uma decisão importante; sei que posso contar com seu amor incondicional, pois até quando eu erro, mesmo tendo que corrigir o que fiz, sei que seu perdão é certo; com ela falo sobre a vida, sobre o mundo, sobre o futuro e sobre as lembranças. A segunda (e não é por preferência, viu? Amo as duas da mesma forma!) é a Fátima, adorável, engraçada, me faz rir quando estou com vontade de chorar, seca minhas lágrimas, mas também não me dá trégua, aponta meus defeitos – principalmente com os homens – e me dá conselhos de “gente grande” embora seja a mais jovem do trio, grande parceira de trabalhos, é a minha benjamin. Pequena na estatura, mas enorme na força; é a mais realista de nós três; é a amiga com quem falo sobre trabalho, sonhos, homens. A terceira, e não menos importante, é a doce Fernanda, uma “irmã” compreensiva, carinhosa, sempre pronta pra me dar colo, tem um coração enorme e uma paciência de Jó, às vezes consegue ser mais ingênua do que eu, mas talvez por isso mesmo seja mais indulgente comigo. Com a sua diplomacia já apaziguou muitos desentendimentos e salvou a nossa amizade. É a amiga dos assuntos do coração e dos sentimentos mais dolorosos.

Ah, sinceramente, eu hoje não sei o que seria de mim sem elas! Foram fundamentais durante a faculdade e agora, são os meus pilares para atravessar essa fase triste na qual me encontro. Não é a primeira que atravesso, mas é a primeira que elas presenciam. E eu nem sei porque tá doendo tanto, mas tá dificílimo de superar... Confesso que tem coisas que eu não conto para as duas por vergonha do que elas vão pensar. Fátima, às vezes, acha que eu sou muito mole com os homens, dou, como ela diz, “muita moral” para eles e é por isso que eles fazem o que fazem comigo. Já a Fernanda diz que queria ter a metade da minha ousadia para lidar com eles, que eu sou muito corajosa. Amiga, acho que essa ousadia toda não está dando muito certo!? Elas me deixam meio confusa, mas no final das contas, uma “abre meus olhos” e a outra levanta minha autoestima. Tá equilibrado!

São minhas parceiras de trabalhos, de farras, de vida; são minhas confidentes, são meu esteio, sem elas não teria atravessado metade do que atravessei. Cada uma, a seu modo, me sustenta com suas palavras e com seu carinho.

Apesar desse meu jeito displicente, dos meus períodos de reclusão, dos meus sumiços, quero que saibam que amo vocês! Mãe, você é tudo; Fernanda, Fátima, vocês são meus anjos, são mais do que amigas, são as irmãs que eu não tive. Sempre vamos nos proteger. Obrigada por tudo!

SUPER GÊMEAS: ATIVAR!

Um comentário:

  1. Dody, ler seus textos sempre é um prazer, principalmente este falando de amizade. O meu sentimento por vc e por Fátima é o da amizade verdadeira. Conhecemos os defeitos e qualidades umas das outras e nem por isso deixamos de nos amar.Vibramos e torcemos pelas vitórias de cada uma, e não menos importante estamos sempre preparadas com um ombro amigo. Realmente, Dody admiro muito sua ousadia em relação à vida. Bjs.

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